Autismo

Abril Azul mês do Autismo: entenda mais sobre esse transtorno - Hospital  Santa Mônica

Falando Alto Sobre o Autismo

Avaliando os dados mais recentes do CDC nos EUA, identifiquei que a incidência do transtorno do espectro do autismo (TEA) é de uma em cada quarenta e quatro crianças. Com esses números alarmantes, eu e você precisamos estar cada vez mais informados sobre essa realidade. Preocupados com isso, em 2023 faremos a segunda edição da “Jornada da Nutrição do Paciente Autista”, focado no papel da modulação do sistema imune e da microbiota na gestão do paciente portador do TEA.
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento altamente prevalente, que afeta o desenvolvimento do cérebro, e é caracterizado por habilidades de comunicação deficientes, raciocínio e padrões comportamentais distintos.

Qual a Pergunta 

Em apoio a jornalista, a pergunta que não quer calar está "bombando" nas  redes - greenMe Brasil

As terapêuticas atuais objetivam aliviar essas condições por meio de intervenções frequentemente pelo uso de Aripiprazol, Escitalopram, antidepressivos e drogas que afetam a concentração de um neurotransmissor ou mensageiro químico chamado serotonina no cérebro. Inibidores da recaptação de serotonina podem melhorar a comunicação, habilidades sociais e adaptabilidade dos pacientes.

Porém essa opção não vem sem uma fatura a é paga. Essas terapêuticas podem causar hiperatividade e agressividade, além de efeitos colaterais como como vômitos, irritabilidade, aumento do apetite, ganho de peso e sedação (Soorya et al., 2008; DeFilippis e Wagner, 2016). 

Curioso

O curioso é que uma das características de crianças portadoras do TEA é a alta incidência de distúrbios gastrointestinais (GI) com sintomas como constipação, dor abdominal, diarreia, além de alergias. Um dos fatores que contribuem para esse perfil é um é um ambiente disbiótico que favorece o surgimento de processos inflamatórios no lúmen intestinal. Essa inflamação contínua produz uma série de interleucinas que irão gradualmente aumentar o estado inflamatório da criança. 

 

Citando as Citocinas 

Cientistas estudam tratamento para "tempestade de citocinas" da Covid-19 -  Revista Galileu | Saúde

Vários estudos recentes demonstraram que os níveis de várias citocinas inflamatórias diferem nas células mononucleares do sangue, soro, plasma, tecido cerebral e líquido cefalorraquidiano de indivíduos autistas em comparação com indivíduos normais, o que contribui para uma deficiência imunológica do sistema nervoso central SNC e estimulam a produção e ativação da micróglia no cérebro.

Vamos conhecer mais!

 As micróglias são as únicas células imunes residentes do SNC; atuam como mediadores primários da inflamação, participando da vigilância imunológica do SNC e da poda sináptica durante o neurodesenvolvimento normal. Evidências crescentes indicam que a ativação microglial crônica também pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de distúrbios neurodegenerativos.

 Ningan Xu Et al. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4333561/

Hoje o que sabemos sobre o TEMA tem cada vez mais apontado para a conexão dos sinais inflamatórios, o que vai além da microbiota.  Para conversar mais sobre esse assunto vou ter uma super live com minha amiga Dra. Carla de Castro, que é especialista neste assunto, será quarta-feira 11 de janeiro às 20h no Instagram da SEMS Biofarma. 

“Quero convidar você a fazer parte desta única oportunidade antes da nossa grande jornada do paciente portador do espectro do autismo que acontecerá do dia 13 a 16 de março.”

  1. Prevalence and Characteristics of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States, 2018
  2. Surveillance Summaries / December 3, 2021 / 70(11);1–16 Matthew J. Maenner, PhD

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