Pois é, estamos no meio do Outubro Rosa e hoje eu quero falar com vocês sobre o status do que sabemos sobre câncer de mama e como os avanços nas terapias e nas alternativas de suporte terapêutico estão moldando o futuro, não só do tratamento do câncer de mama, mas de toda a abordagem na oncologia.
A medicina está há muito tempo nessa jornada. Desde os primeiros quimioterápicos, já são mais de 80 anos. Muito trabalho foi gerado, muitas pesquisas foram feitas, mas os avanços são no mínimo modestos, para não dizer pífios. A cada nova opção terapêutica muita pirotecnia e muito ruído é feito, mas o progresso é milimétrico.
As tecnologias evoluem cada dia mais, e as “soluções” vão tendo diferentes estratégias. Na década de 90, o projeto genoma prometeu curar todas as doenças. Mapeando os genes de cada patologia, poderíamos mudar, retirar ou manipular o seguimento genético responsável por aquela determinada doença. Aquela sequência de aminoácidos ou mesmo DNA seria extirpada e substituída por uma “boa sequência”. Hoje nada temos, se não uma meia dúzia de terapias que ainda estão a se provar para o que vieram.
Nos anos dois mil veio a biotecnologia, uma vertente da terapia genética. Células geneticamente manipuladas de bactérias e de útero de hamsters chineses, manifestariam determinadas proteínas ou complexos delas que iriam garantir a redução dos efeitos colaterais da quimioterapia e “substituir” a procura de novas moléculas vindo dos high throghput screening de extratos de plantas medicinais do mundo a fora. Com um tempero de bala de prata, a biotecnologia seria implacável com o câncer e brando com células e órgãos saudáveis. Dava-se início a década “dourada” dos anos 2000, ano da medicina personalizada. Se nós conseguirmos mapear seu gene e ver a proteína alterada, poderemos então fazer algo tão preciso para você, que garantiria, agora sim, o fim da tortura da quimioterapia.
20 anos se passaram e o que deveria ser quase imperceptível para seus órgãos saudáveis, os MABs se tonaram horas de infusão, que são seguidos de fadiga, sonolência, dor, tontura e alguns dias de inúmeros efeitos colaterais. E a velha quimioterapia ainda continua sendo “the golden standard”, o padrão ouro de tratamento para a grande maioria dos cânceres.
Nestes quase um século desde os primeiros quimioterápicos, e a despeito dos avanços das tecnologias com carros que possuem inteligência artificial, na medicina muitas vezes parece que estamos na idade medieval, em que as primeiras opções para tratarmos esse mal chamado câncer, é provocar fadiga, náuseas, taquicardia, hepatoxicidade, dor neuropática, perda de cabelo e mutilação de órgãos. Daqui a pouco vão querer colocar os pacientes dentro de uma banheira com sanguessugas como era feito no século 16 e celebrar dizendo que isso é avanço!
Ao mesmo tempo em que há essa corrida nas terapias para o combate ao câncer, está ocorrendo uma ressurgência de alternativas de coadjuvância terapêutica em que nutrientes, estilo de vida e suplementos estão assumindo lugar de destaque. Hoje é indiscutível o papel que o ômega 3, a vitamina D e inúmeros outros nutrientes e suplementos têm na promoção da saúde e de um bom prognóstico nas terapias.
Não acho que as novas alternativas terapêuticas são uma má opção, elas possuem seu lugar, porém com potencial muito maior quando somadas às novas opções de suplementos, especialmente imunomoduladores. De modo que, a junção do avanço das novas terapias atreladas ao desenvolvimento de novos suplementos representa um retorno ao básico com a precisão dos avanços tecnológicos, trazendo grandes vantagens para os pacientes que fazem uso das mesmas. O somatório disso tudo, me traz à visão um brilhante futuro diante dos profissionais de saúde e uma ótima notícia para os pacientes que serão beneficiados com esses super suplementos e essas novas terapias.
Que nos próximos Outubro Rosa possamos continuar unidos, desafiando os limites do conhecimento e trazendo por meio de uma Ciência Relevante melhores alternativas de promover mais qualidade de vida a todos, proporcionando a cada um a oportunidade de viverem suas vidas numa melhor versão todos os dias.
Cordialmente,
Sam.